quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Elias Seixas: um rico exemplo de abdução na Ufologia Brasileira

Elias Seixas de Mattos, era um caminhoneiro carioca em 1980, quando teria vivenciado uma experiência inexplicável. Seu relato, junto ao de outros dois amigos, entrou para a história da Ufologia brasileira pela riqueza de detalhes com que descreveu as situações pelas quais passou à pesquisadora Irene Granchi e ao hipnólogo Silvio Lago.
No dia 25 de setembro de 1980, Elias e os acompanhantes na boléia do caminhão, seu primo Alberto Seixas Vieira e o amigo Guaraci de Souza, voltavam de Goiás, onde tinham ido deixar uma carga. Durante a viagem de volta, alguns fenômenos estranhos começaram a ocorrer, como o piscar dos faróis do veículo, mesmo desligados, e sensações de desconforto e sonolência.

No caminho, quando estavam a 100 km de Conceição do Araguaia (GO), uma sensação de pressão na nuca, o retorno do pisca-pisca dos faróis e a impressão de ouvir uma voz forçaram Elias a parar.

Quando saía do caminhão, ele não percebeu, mas seus colegas teriam visto um feixe de luz azulada atingi-lo. Quando já estavam todos fora da cabine, eles avistam uma espécie de 'fogo no mato' a cerca de 1,5 km e resolveram investigar. Desde o princípio, Alberto sentiu muito medo e resolveu não continuar andando naquela direção. Poucos segundos depois, Elias também foi tomado de pavor e decidiu desistir. Assim os três voltaram, entram no caminhão e continuaram o percurso.

Elias Seixas continuou ao volante. Guaraci, o outro passageiro, carregava um chapéu de palha preso por um fio de nylon que, aparentemente sem nenhuma explicação, foi lançado pela janela. Sem entender o que aconteceu, os três resolveram novamente parar e descer do caminhão e, um por cada lado da carreta, encontrar-se-iam na traseira do veículo para pegar o chapéu. A partir daí, nenhum deles lembrava-se de da seqüência de acontecimentos muito bem, exceto a sonolência com que retornaram à cabine do caminhão e o fato de chegarem à próxima parada cerca de cinco horas depois das 23h30, como esperavam.

Essa amnésia parcial combinada aos estranhos fenômenos ocorridos durante a viagem teriam feito os três buscarem a ajuda, num congresso de Ufologia, da pesquisadora Irene Granchi. A partir desse primeiro contado, suas histórias –e a de Elias com mais destaque que as dos demais– foram reveladas através de várias sessões de hipnose regressiva às quais os caminhoneiros foram submetidos.

Segundo seu depoimento, antes de encontrar Guarani, Elias foi surpreendido por um foco muito forte de luz e levado para uma nave. Dentro da nave, ele viu um ser de frente para uma série de alavancas. Sentado, o ser de enormes braços estava com o cotovelo na coxa, mas não curvava o tronco.

Durante sua permanência na nave, o abduzido teria sido submetido a uma série de experiências. Por um momento, quando deitado numa espécie de "cama" onde seria estudado, viu um de seus companheiros, que teria dado um soco no ser que o estudava (segundo Elias eram ao todo três seres). Entre outros testes que teriam feito com Elias, o abduzido relatou que implantaram algo em seu crânio e colocaram um aparelho em seu peito. Coletaram amostras de sangue e esperma e fizeram furos em seus dedos.

Elias contou ainda que foi levado para o que foi explicado pelos seus raptores como uma "base" espacial, localizada em Marte. Ali ele pode ver –sem ser visto– uma série de seres de cabeça grande, desproporcional ao corpo, e muito pequenos, que pareciam estar trabalhando.

O relato continuou e Elias afirmou estar no que parecia ser uma rua, quando teria visto dois homens, um negro e outro branco, que ele percebeu serem siameses, grudados pelo braço. Ele quis tocá-los mas seu raptor não permitiu. O caminhoneiro foi então levado a uma marquise onde viu seres que pareciam bonecos plásticos, de aspecto cinzento, após o que foi trazido de volta à Terra. Entre outras revelações feitas durante a hipnose, Elias disse que os seres informaram vir da estrela Ursa Menor. Tinham dois metros e dez altura, olhos rasgados horizontalmente, de cor brilhante, e sua vestimenta assemelhava-se a uma espécie de roupa emborrachada.

Sem a regressão, Elias só se recordava de ter descido do caminhão, após o que lembrava- se novamente de já estar na cabine. Ele e seus acompanhantes só começaram a se dar conta da estranheza dos acontecimentos quando perceberam que chegaram 5 horas além do previsto na próxima parada e gastaram muito pouco combustível para a distância percorrida.

O suposto abduzido teve ainda seqüelas físicas, como dores nos dedos e no ombro. Não reconheceu a própria filha ao chegar em casa. Também sofreu de impotência sexual durante os 4 meses seguintes ao suposto encontro, sem que os médicos que procurou, segundo ele, conseguissem chegar a algum diagnóstico. O abduzido ficou com uma calcificação no crânio que, segundo os especialistas aos quais foi levado, só poderia existir se tivesse feito uma cirurgia. A marca no peito, por terem aparentemente introduzido um aparelho, permaneceu.

Até hoje Elias apresenta seu relato em congressos e palestras, tendo tornado-se um clássico e rico exemplo da abdução, amplamente aceito pela Ufologia nacional, mesmo que não se tenha notícias de um estudo aprofundado de suas seqüelas por alguma Universidade ou extração de seus supostos implantes para pesquisa em laboratórios especializados.

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